JORGE TEIXEIRA – MUNICÍPIO TERÁ PROBLEMAS PARA PAGAR NOVO PISO DOS PROFESSORES

APISOEDUCAÇÃO: Os Estados e Municípios brasileiros estão se preparando para enfrentar as dificuldades que terão para cumprir o novo piso salarial para professores em 2015 e se articulando para conseguir mais dinheiro do governo federal. No caso de Governador Jorge Teixeira, em Rondônia, o desafio para resolver o problema deve ser ainda maior.

O valor do Piso salarial passou de 1.697 reais em 2014 para 1.917,78 reais, um reajuste de 13%,  e conforme informações colhidas junto a assessores da prefeita Cida do Nenê (PMDB), o aumento foi muito superior ao que suporta a receita municipal do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Em conversa com a presidente do sindicato do servidores públicos, Aline Manassés, ela apontou as dificuldades que a prefeitura terá para pagar o valor determinado pelo Ministério da Educação (MEC), porém, disse que a categoria não abre mão do direito de receber o valor fixado em lei. “O município terá que fazer as adequações e os cortes necessários para conseguir cumprir a Lei do Piso (Lei 11.738/2008), que estabelece que o valor mínimo deve ser pago no vencimento base e não com gratificações ou complementações no contra-cheque”, diz a professora Aline.

Aline Manassés acrescentou ainda que já enviou oficio à prefeitura pedindo providências para pagamento do novo piso salarial dos professores. “Já enviamos a documentação pedindo a inclusão do novo piso na folha de Fevereiro e tenho ouvido dos assessores da prefeita que nesse ano ela não quer briga com servidores”, completou a presidente do sindicato.

Para conhecedores do assunto, no município de Jorge Teixeira, a ‘conta não vai fechar’, já que o número de alunos tem caído vertiginosamente nos últimos anos e o quantitativo de professores praticamente não foi alterado. “Há Estados e municípios que ultrapassaram, com o pagamento da folha, o valor do Fundeb. No caso de Jorge Teixeira, tivemos um ano bastante difícil mas ainda temos cerca de 20% do Fundo para aplicar nas demais despesas da educação. Com o novo piso, se não houver o aporte de recursos por parte do governo federal, vamos gastar o Fundeb todo na folha de professores”, explica um dos assessores da prefeitura.

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