DA REDAÇÃO: Um documento que está circulando nas Secretarias, nas Escolas, Departamentos e outros órgãos pertencentes a administração de Governador Jorge Teixeira, assinado pelo chefe imediato dos servidores lotados nesses locais, e que traz em seu conteúdo uma mensagem no mínimo estranha, que trata de uma suposta negociação para a criação de uma nova situação bancária dos funcionários do município, está provocando a discussão acerca do assunto e a polêmica já começa a ser discutida pelas entidades que defendem o direito dos servidores.
A reportagem do Portal JT foi procurada por alguns funcionários da prefeitura que, preocupados com o teor do documento, disseram que não querem receber seu salário no BB. Os mesmos falaram ao Site e disseram que esperam que a prefeita municipal não tenha negociado a obrigatoriedade da folha de pagamento do município ser paga na sua totalidade pelo Banco do Brasil ou que a administração tenha transformado o BB em Banco pagador.
Em contato com a professora Aline Manassés, presidente do Sindicato dos Servidores do Município, a mesma disse ao Site que os funcionários não precisam se preocupar com a convocação feita pela prefeitura e que, para sanar qualquer dúvida acerca do assunto, os mesmos podem procurar a sede da entidade. “Nós vamos participar de uma reunião nesta sexta-feira com o gerente do Banco do Brasil e aproveitaremos a oportunidade para tirar dúvidas com relação a essa questão. Quero aproveitar o espaço do Site para dizer aos funcionários que fiquem tranquilos quanto a essa questão e dizer a todos que qualquer novidade ou mudança que for preciso fazer no depósito dos nossos salários vai ser discutida antes de ser adotada”, diz Aline.
Opinião: Olha, a portabilidade do salário é um direito cujo exercício não depende de aceitação do banco onde você tem conta, ou seja, uma vez manifestada a vontade de transferir o crédito do salário para outro banco, o (gerente do) banco atual em que você recebe salário nada pode fazer: ele é obrigado a acatar a ordem, sob pena de responder a sanções perante o Banco Central do Brasil. No caso de Jorge Teixeira, o que não se sabe é se o Banco em questão ganhou algum processo de licitação para monopolizar o gerenciamento dos salários de todos os servidores municipais, Se tal fato aconteceu, acredita-se que não, o funcionário, mesmo contra a sua vontade, terá seus vencimentos vinculados a conta salário ou conta corrente do Banco do Brasil, que passa a ser a instituição bancária responsável pelo depósito dos salários em agências de outros Bancos. Pelo mecanismo da portabilidade, portanto, o crédito do salário continua sendo originariamente depositado no banco pagador, o qual, entretanto, transfere automaticamente o crédito do salário para o banco de sua escolha. (Antonio Luiz)
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