Confúcio sabia que cunhado e Bocão faziam esquema no Governo, mas proibiu investigações

ESCÂNDALO: O governador Confúcio Moura (PMDB) sabia, muito antes da Operação Termópilas, da Polícia Federal, que seu cunhado, Francisco de Assis Moreira de Oliveira, e o secretário adjunto de finanças do Estado, Wagner Luiz de Souza, o Wagner Bocão, faziam e fazem “correrias” nos órgãos estaduais.

“Correria”  é o termo utilizado para designar atividades ilícitas envolvendo licitações, processos, pagamentos a fornecedores, entre outras atividades criminosas.

Confúcio mandou a Casa Militar do Governo de Rondônia parar qualquer investigação interna sobre as atividades ilícitas de seu cunhado e do secretário Wagner Bocão (DEM) dentro do Governo.

O alerta a Confúcio foi feito pelo seu ex-assessor Rômulo da Silva Lopes, que, inclusive, morava junto com o chefe do Poder Executivo Estadual, e acabou preso pela Polícia Federal como um dos principais envolvidos no esquema criminoso desbaratado pela Operação Termópilas no dia 18 de novembro.

Antes, uma assessora de Confúcio, identificada por Vilma, o havia alertado para as atividades ilícitas do próprio Rômulo e de Rafael dos Santos Costa. A reação de Confúcio: “Rômulo, vai trabalhar”. E Rômulo continuou a agir criminosamente até ser preso no dia 18 de novembro.

Segundo gravações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal, Rômulo diz que contou para o governador Confúcio Moura que o major Maurício Marcondes Gualberto, chefe da Casa Militar do Governo de Rondônia, “ pegou as informações das correrias do ASSIS e do WAGNER e entregou pra o Ministério Público”.

Rômulo diz que Confúcio se irritou e mandou Gualberto “ parar de mexer com isso”, ou seja, monitorar as atividades do cunhado do governador e de Wagner Bocão no Governo.

Rômulo diz que arrebentou o major Gualberto junto a Confúcio. Ele pediu que o governador chamasse o militar para conversar porque este havia grampeado, entre outras pessoas, Rafael dos Santos Costa, Assis, Bocão e outros membros do Executivo. A reação de Confúcio, segundo Rômulo: “ Você tá brincando? Meu Deus!, o GUALBERTO tá louco. Mas como é que o GUALBERTO está dando isca para peixe”.

Por orientação de Rômulo, Confúcio enquadrou o major.

Sobre a conversa com o major, Confúcio disse ao então assessor: “conversei com ele (Gualberto). Falei com ele: você tá louco, louco, louco. Saiu de lá pianinho, rabinho no meio das pernas, tranquilinho”.

Escute a gravação no Link baixo:

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