JORGE TEIXEIRA – SINDICATO REÚNE PROFESSORES, QUE DECIDEM ESPERAR, SEM GREVE, A VOLTA DE SUAS GRATIFICAÇÕES

DA REDAÇÃO: Durante a Assembléia geral extraordinária que aconteceu na manhã desta sexta-feira (09), no plenário da Câmara municipal, 56 professores de Governador Jorge Teixeira decidiram esperar, sem greve, uma decisão por parte da prefeita Cida do Nenê, acerca da retirada de suas gratificações.

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A reunião, convocada pelo Sindicato dos servidores, teve como objetivo principal a discussão e a deliberação de uma greve na educação municipal, em virtude de uma decisão da prefeita Cida, que enviou para a Câmara uma mensagem de veto às gratificações e, mesmo sem nenhuma autorização dos vereadores, cortou na folha de pagamento do mês de Abril o benefício que era pago regularmente aos  educadores do município.

Na explanação da pauta da assembléia, feita pela professora Aline Manassés. presidente do Sindicato, foi apresentado um documento expedido pelo gabinete da prefeita, enviado aos vereadores do município, comunicando aos mesmos a retirada do veto às gratificações dos mestres, constantes no PCCS da educação, fato que em tese, apagou o fogo da paralisação que começava a acender.

Aline, que estava de posse de um quadro comparativo da arrecadação do município nos últimos dois anos, afirmou que a receita não está tão ruim o quanto prega a administração municipal, e garantiu que a maioria dos vereadores estavam prontos para votar a favor dos professores caso o veto fosse colocado em votação.

“Dos vereadores que conversamos sobre toda essa situação, soubemos que apenas a vereadora Nalva não votaria a favor dos professores. Os demais já tinham garantido que votariam para que o veto fosse derrubado”, frisou Aline.

A presidente do Sindicato disse que os professores precisam ficar em estado de alerta, pois, a qualquer momento, podem ser convocados para lutar pelos seus direitos.

Mesmo sem ter uma certeza do que irá acontecer de agora em diante, pois no ofício enviado à Câmara e mostrado na assembléia o executivo municipal não se pronunciou acerca de como ficará a redação do PCCS, se com ou sem as gratificações, os professores presentes resolveram esperar, no trabalho, o desenrolar da questão envolvendo a Prefeitura, o Sindicato e a Câmara municipal.

OPINIÃO: No final da assembleia os professores pediram a presidente do Sindicato para não negociar com o executivo , em hipótese alguma, as gratificações constantes no plano de carreira que foi recentemente alterado na Câmara de vereadores. Porém, é fato, que o grande problema que a administração alega para não pagá-las é a falta de espaço no índice da folha de pagamento da prefeitura, pois os números, segundo informações, já ultrapassam os 63% e não tem caído.

Na nossa opinião, grosso modo, uma das três situações seguintes precisa acontecer para que o problema seja parcialmente resolvido: ou a prefeita Cida lança mão de algumas portarias, reduzindo o valor pago às que ficarem, e diminui o salário dos Secretários, o seu próprio e o do vice-prefeito; ou consegue elevar a receita corrente da sua gestão, com a incorporação de alguns convênios, com a permissão do TCE; ou faz milagre e aumenta a arrecadação do fundeb municipal.

Caso umas dessas situações não venha a ocorrer, é muito difícil a gratificação dos professores voltar para seus contra-cheques. Diga-se de passagem, a receita do Fundeb municipal está praticamente toda ela comprometida com a folha de pagamento. Ressalte-se, porém, que os professores nada têm a ver com tudo isso e, não devem ser eles, responsabilizados e punidos pela queda na receita que afetou os municípios do Brasil no 1º e 2º semestre do ano de 2013.

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