JORGE TEIXEIRA – PREFEITURA USA VENENO PARA LIMPAR RUAS E TERRENOS BALDIOS DA CIDADE

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DA REDAÇÃO: Uma denúncia que chegou a redação do Portal JT, dando conta de que a Secretaria de Obras e Serviços Públicos de Governador Jorge Teixeira estaria  usando o herbicida da marca Roundup para limpar ruas e logradouros públicos na cidade, num claro desrespeito as normas ambientais estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), foi confirmada pela reportagem que, ao chegar no pátio da sede da prefeitura, deparou-se com os funcionários preparando a solução para a realização da capina química.
O denunciante, que não terá a identidade revelada, disse ao Site que um ex-vereador do município foi a pessoa responsável pela compra do veneno numa casa agropecuária de Jaru e que a determinação para fazer a “Limpeza quimica” das ruas da cidade partiu dos responsáveis pela SEMOSP de Jorge Teixeira.
A reportagem entrou em contato com William Fernandes, chefe da vigilância Sanitária no município e o mesmo disse que iria procurar as pessoas que estariam a frente do serviço para notificá-los da irregularidade que estaria sendo cometida.
O uso de “mata mato”, ou seja, de veneno tipo herbicida para matar a vegetação em áreas urbanas como vias públicas, terrenos baldios, quintais, etc, não é permitido pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Este órgão federal em Nota Técnica, de 15/01/2010, afirma que “[…] a prática da capina química [uso de mata mato] em área urbana não está autorizada pela ANVISA ou por qualquer outro órgão, não havendo nenhum produto agrotóxico registrado para tal finalidade”.
O que deve ser empregada é a capina manual, rotineiramente, para remover  o  mato, visando manter a limpeza e higiene pública.   Nos últimos anos, entretanto, passou-se a empregar produtos químicos, como os herbicidas (capina química), muitas vezes, sem obedecer às orientações e restrições dos fabricantes.
O envenenamento de plantas e microrganismos, além da contaminação do solo, e dependendo da localização do terreno, até de lençóis de água subterrânea estão entre os danos que podem ser causados quando a capina química, com agrotóxicos, é colocada em prática. Além disso, este método de capina pode expor os trabalhadores que executam o serviço,  a população e animais a intoxicações.
Por esses motivos vários estados brasileiros já proíbem esse tipo de prática, potencialmente perigosa,  nas áreas urbanas.
 
O uso dos herbicidas é mais  “fácil” do que fazer a manutenção na base da enxada ou ganchinhos.  Basta uma aplicação periódica para que nada mais nasça ali. O veneno é tão potente que os funcionários têm de trabalhar usando roupas especiais, luvas, máscaras e botas.  A recomendação exige também o isolamento da área por, no mínimo, 24 horas.
Mas na maioria das vezes  estas  aplicações ocorrem de madrugada e de manhã vemos  crianças, cães e gatos,  brincando na frente de suas casas sem saberem o risco que correm!
Se  ninguém reclamar ou denunciar, continuam fazendo. É preciso denunciar, fazer algo na direção de exterminar esse mal das cidades de uma vez por todas!
 
Não sei se por  ingenuidade ou apatia a população tende a acreditar que se fosse tão ruim assim, a prefeitura não usaria ou a indústria nem fabricaria.
 
E aí? Que tal impedir que isto aconteça em nossa cidade? Depende apenas de nós.   Há mecanismos para denunciar, e isso é nosso dever!
Portanto, fica a sugestão para que nossos vereadores e nosso prefeito, que ainda não regulamentaram esse assunto: Pensem na  segurança dos trabalhadores, na qualidade de vida dos moradores e na sustentabilidade ambiental. Não é porque outras cidades fazem é que vamos repetir o erro delas.
 
 
O herbicida Roundup é perigoso, inclusive em doses mínimas, segundo estudo Da AFP De Caen, na França
 
Um estudo realizado por um especialista em biologia molecular, afirma que o herbicida Roundup, o mais utilizado no mundo, é perigoso para a saúde humana, inclusive em doses mínimas.
 
“Trabalhamos com células de recém-nascidos com quantidades do produto 100.000 vezes inferiores com as quais qualquer jardineiro comum está em contato. O Roundup programa a morte das células em poucas horas”, declarou à cientista francês Gilles-Eric Séralini.  
 
Da alergia ao câncer, quando  maior a fragilidade da pessoa, maior é o risco, acrescentou.
 
A agência americana de proteção ao meio ambiente (US Environmental Protection Agency, EPA) detalhou os efeitos nocivos para a saúde que pode provocar a exposição a importantes doses de Roundup: “congestão pulmonar e aceleração do ritmo respiratório”, entre outros.
 
Para aumentar a eficácia do herbicida e facilitar sua penetração nos tecidos vegetais, a maioria das suas formulações comerciais possui uma substância química surfatante (um composto químico que reduz a tensão superficial do líquido). A formulação Roundup, que é a mais utilizada, é composta de surfatante polioxietileno-amina, ácidos orgânicos de glifosato relacionados, sal de isopropilamina e água. Em função dessa composição, o Roundup possui uma toxicidade aguda maior que o glifosato puro, testado em laboratório pelas principais agências regulatórias do produto nos EUA. O surfatante presente no Roundup está contaminado com 1-4 dioxano, um agente causador de câncer em animais e potencialmente causador de danos ao fígado e aos rins de seres humanos. Em decorrência da decomposição do glifosato registra-se uma substância potencialmente cancerígena conhecida, o formaldehido. E a combinação do glifosato com nitratos no solo ou em combinação com a saliva, origina o N-nitroso glifosato, cuja composição também é potencialmente cancerígena e para a qual não há um nível de exposição seguro. Um estudo realizado na Suécia concluiu que há uma associação do contato   com glifosato e o linfoma non-Hodgkin, outra forma de câncer, e os pesquisadores alertam para o caso, considerando o exponencial aumento no consumo do herbicida a nível mundial.
 
Os riscos desta expansão do consumo de herbicida, que pode afetar não somente os agricultores, mas também toda a população, uma vez que a sua presença no meio ambiente, na água e nos produtos derivados da soja, que venham a conter resíduos de glifosato, aumenta proporcionalmente os seus efeitos. Os estudos de toxicidade realizados demonstraram os seguintes efeitos: toxicidade subaguda (lesões em glândulas salivares), toxicidade crônica (inflamação gástrica), danos genéticos (em células sangüíneas humanas), transtornos reprodutivos (diminuição de espermatozóides em ratos e aumento da freqüência de anomalias espermáticas em coelhos), e carcinogênese (aumento da freqüência de tumores hepáticos em ratos e de câncer tireóide em ratas).  
 
O efeito do glifosato no organismo humano é cumulativo e a intensidade da intoxicação depende do tempo de contato com o produto.
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