JORGE TEIXEIRA – SERVIDORES DA PREFEITURA DECIDEM ORGANIZAR MOVIMENTO DE GREVE

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DA REDAÇÃO: As conversações entre a Prefeitura de Governador Jorge Teixeira e o Sindicato dos Servidores Municipais chegaram a um impasse que pode resultar num movimento grevista que deverá, segundo decisão dos representantes dos servidores, ter inicio após o recesso escolar, programado para acontecer no mês de Julho.

Durante a assembleia realizada na tarde desta sexta-feira, funcionários que atuam em vários segmentos da admnistração decidiram que, como uma forma de fazer uma paralisação que atinja todos os setores da prefeitura, vai ser feito um trabalho de organização do movimento, para que o mesmo surta o efeito desejado. Atribuindo a decisão a uma suposta intransigência da Prefeitura nas negociações da chamada pauta econômica, principalmente no caso do piso dos professores e dos servidores que recebem menos de um salário minimo, os trabalhadores devem, em sua maioria, expressarem seu descontentamento com a situação e cruzar os braços na 2ª quinzena de Julho.

Ao final do encontro os servidores decidiram pela manutenção do estado de greve, deflagrado em reunião anterior, e se dispuseram a fazer o trabalho de disseminação da pauta em discussão na busca de fortalecer o movimento de greve.

Se, após o recesso das escolas, ficar realmente decretada a greve no serviço público municipal, a direção do sindicato deverá protocolar a decisão da categoria na prefeitura e  oficiar a prefeita Cida do Nenê (PMDB) que se manifeste a respeito dos setores que considera essenciais para que seja feita escala de atendimento, conforme prevê a legislação trabalhista. Este ritual, na verdade, é uma espécie de base legal para o início de qualquer paralisação que, segundo a legislação em vigor, só deve ocorrer após 72 horas do protocolo.

Na manhã desta sexta-feira, membros da diretoria do sindicato conversaram com o Portal JT e disseram que além da questão financeira, estão enxergando na posição dos funcionários uma espécie de descontentamento generalizado, uma revolta latente com a falta de condições no trabalho para todos e com a falta de respeito com os profissionais da educação, o que pode culminar com uma greve geral no município.

Entre outras revindicações, a pauta de luta dos servidores consta dos seguintes pontos:

1 – Cumprimento do acordo firmado em 2104 para reposição de 1% ao ano das percas salariais com a inflação, acumulada em 7%;

2 – Aplicação do adicional por tempo de serviço conforme preconiza o Estatuto dos Servidores do Município (Lei 038);

3 – Criação de um auxilio para todos os servidores da prefeitura, com ênfase para os que ganham menos que um salário mínimo;

4 – Regularização da gratificação dos motoristas e a cobrança de oferta de condições para que os mesmos mantenham os carros que dirigem limpos e bem zelados;

5 – Ajuda de custo ou auxilio alimentação para servidores que se deslocam à serviço para municípios vizinhos não cobertos pelo direito a diárias;

6 – Pagamento de gratificação específica para os servidores que atuam em atividades insalubres e a exigência de EPI (Equipamentos de Proteção Individual);

7 – Criação de Gratificação por produtividade para os agentes de fiscalização municipal;

8 – Pagamento de 1/6 de férias aos professores, direito previsto no PCCS da categoria, inclusive dos anos de 2010 a 2013;

9 – Aplicação do Piso salarial dos Agentes Comunitários de Saúde (direito garantido através de ação judicial); e

10 – Pagamento do Piso nacional dos professores.

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Portal JT