DA REDAÇÃO – “A impessoalidade, a moralidade e a publicidade, princípios básicos da administração pública, estão sendo claramente violados pela administração municipal de Governador Jorge Teixeira, e o pior, para tal finalidade, o poder executivo está contando com a conivência de cinco dos nove vereadores do nosso município que, para retribuir os favores e os cargos comissionados que possuem dentro da prefeitura, se uniram para reprovar os requerimentos de autoria dos vereadores de oposição na Câmara Municipal”.
Essas palavras, ditas ao Portal JT pela vereadora Liliana Nunes, retratam um fato curioso e intrigante que vem acontecendo com frequência dentro do poder legislativo municipal: cinco parlamentares se juntaram e, pelo menos por enquanto, estão conseguindo fechar as portas da prefeitura para quem se atreve a querer ver algum processo e fiscalizar os gastos do dinheiro público como vereador da oposição.
Semelhante ao que já ocorreu em sessões anteriores, Valdo do Raimundo (PTB), Nalva (PP), Eranides Santana (PT), Valter Siqueira (PV) e Rosa do Beto (PSB), parlamentares da chamada ‘base aliada’ da prefeita Cida, reprovaram na sessão desta segunda-feira (10) dois importantes requerimentos de autoria da vereadora Liliana Nunes (PSD) e de Irani Ribeiro (PTN), todos pedindo informações acerca de processos referentes ao transporte escolar de 2015 e solicitando informações da Secretaria de meio ambiente sobre denuncia do uso de veneno para limpar as ruas em Jorge Teixeira.
A reprovação dos requerimentos por parte da maioria da Câmara foi muito criticada pelo Vereador Irani Ribeiro (PTN) que na hora da discussão e votação da matéria chamou a atenção dos colegas de parlamento para o fato de estarem cometendo um grave erro ao deixarem o papel constitucional do poder legislativo de lado em troca de portarias e cargos na prefeitura. Irani conversou com o Portal JT sobre o assunto e disse que com essa ação da base da prefeita só quem perde é a população e o legislativo municipal.
“Quero aqui dizer que não sou nenhum especialista em leis, respeito o voto de cada um aqui na Câmara, mas sei que nesse momento esses vereadores que estão votando contra o direito de um colega ter acesso a documentos de uma secretaria da prefeitura, estão também, jogando fora o diploma de vereador, pois o papel principal e constitucional do poder legislativo é fiscalizar a aplicação dos recursos da população”, diz Irani.
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