AGRICULTURA – Visando orientar os agricultores da nossa região, foi realizado um dia especial sobre a cultura do Café na Linha 621, km 60, setor Sued Alves, onde contou com a participação de vários agricultores e lideranças rurais, que tradicionalmente cultivam o café.
O evento foi mobilizado pela Extensionista Social da EMATER de Gov. Jorge Teixeira LILIANA NUNES, que contou como palestrantes as Engenheiras Agrônomas da EMATER/RO, Marcela Rodrigues, que falou sobre o projeto de agroecologia que a mesma coordena e Denise Vaz, que é coordenadora do projeto de café à nível Regional, que explanou sobre a cultura do café, abordando desde a formação da muda, preparo de área, plantio, tratos culturais, produtividade, secagem e comercialização; com ênfase especial ao Café Clonal.
Além das palestras, foi realizada uma Demonstração de Método sobre poda em cafezais antigos e desbrota em novas áreas; tudo voltado a melhoria da produção, com aumento significativo de produtividade; o que melhora a renda dos agricultores e traz incentivos para a manutenção de áreas plantadas e introdução de novas áreas.
Já o Fiscal Agropecuário da IDARON, o Engº Agrônomo ANTONIO NUNES, mais conhecido como NUNES DA EMATER, explanou de forma clara e objetiva sobre os riscos e cuidados que os agricultores da região precisam ter sobre uma praga, que também afeta diretamente a cafeicultura, com danos significativos, comprometendo até 100% da produção. Trata-se do FITONEMATÓIDE, uma praga que se instala no solo, trazendo danos diretos e indiretos às plantas, pois penetram nas raízes, causa estragos nas mesmas, podendo causar também a morte das plantas instaladas. Por tratar-se de uma praga de difícil controle e convivência, uma vez instalada, segundo NUNES como diz o sábio adágio popular, prevenir é bem melhor do que remediar; o que para tanto, apresentou diversas medidas para que esta praga não se instale nas áreas de nossa região, como adquirir mudas apenas de viveiros credenciados na IDARON, com procedência pela análise de isenção de nematoides; analisar a área a ser implantada a cultura, certificando-se de que na mesma também não existe a praga, também é uma medida indispensável. Outro cuidado que foi bem difundido, inclusive para as regiões e associações que possuem tratores é a limpeza das máquinas e equipamentos após ser trabalhado em uma área ao entrar em outra propriedade. Esse cuidado simples evita que uma área livre da praga sofra contaminação com solo levado por esse tipo de equipamento. O seu controle é difícil e caro, por se tratar de uma praga vista apenas por microscópio em laboratório; por prevalecer por muito tempo no solo e pela grande eficiência multiplicativa da espécie. O uso de nematicida, para controle químico possui eficiência baixa e onerosa, aumentando muito o custo de produção. Além do café, essa praga ataca diversas outras culturas, como soja, inhame, fruteiras diversas, hortaliças, banana, milho; fator esse que deve chamar bastante atenção por que isso representa a base da agricultura dos pequenos agricultores de nossa região, o que por si só, afeta diretamente a economia local.
Para a organizadora do evento, a Extensionista LILIANA NUNES, o evento foi muito proveitoso, por ter atendido a um apelo daqueles agricultores e conforme avaliação geral, superou todas as expectativas, onde além das informações técnicas da EMATER, a parceria com a IDARON, traz orientações fundamentais para que o agricultor tenha conhecimento de como proceder de acordo com a Legislação em vigor, no tocante a sanidade vegetal, uma vez que é o produtor o ator principal do processo produtivo – finalizou.
Portal JT